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Metalúrgicas de Osasco e região cumprem 96,2% da Lei de Cotas
02-03-2019 - Fonte: Espaço da Cidadania
Para a maioria das metalúrgicas da região de Osasco, a deficiência não é um limitador para o trabalho, é o que comprova a 13ª Pesquisa “Lei de Cotas – Trabalhadores com deficiência no setor metalúrgico de Osasco e Região”. De acordo com o estudo, as fábricas preencheram 96,2% da lei e 60% das que ficaram desobrigadas por terem menos de 100 funcionários na atual pesquisa continuam mantendo trabalhadores com deficiência em seus quadros.
Os dados fazem parte da 13ª Pesquisa: Trabalhadores com Deficiência no Setor Metalúrgico de Osasco e Região, divulgada na sexta-feira, 22, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. Ela é resultado de um levantamento do Sindicato, com o apoio da Gerência Regional do Trabalho em Osasco e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho – SRTb/SP, que tem como base os questionários respondidos por empresas metalúrgicas.
A pesquisa também aponta a evolução das contratações por grupos de negociações. Dois deles, superaram as exigências da Lei de Cotas: Grupo 19-3 (Laminação, Trefilação), com 114,3%, e Grupo 3 (Automotivo), 102,5%. “Estes dados nos permite colocar esta discussão na mesa de negociações anuais do Sindicato com o setor patronal, e mostrar que é possível que qualquer segmento da área da metalurgia da região de Osasco tenha pessoas com deficiências nos seus quadros”, explica o Sindicato.
Além de fazer um diagnóstico das contratações a pesquisa ainda pode ser um instrumento para colaborar com a luta da inclusão, por meio de um trabalho de sensibilização. “Na Convenção Coletiva dos Metalúrgicos existe a questão da inclusão, com isto é possível chamar as empresas que não cumprem a Lei de Cotas para uma mesa de entendimento com o objetivo de discutir o assunto”, observa Ronaldo Freixeda, Gerente Regional do Trabalho em Osasco.
Para José Carlos do Carmo (Kal), coordenador do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho – SRTb/SP, outros setores deveriam investir em pesquisas semelhantes. “É muito importante que tenhamos este tipo de preocupação, como o Sindicato dos Metalúrgicos tem de trabalhar com os dados. Ou a gente levanta estas informações, ou ficaremos sempre no achismo das coisas. Se quisermos ter condições de avaliar o resultado concreto, até para que a gente possa, se necessário, corrigir o rumo das coisas, temos que fazer este tipo de estudo para trabalharmos com dados concretos”.
A divulgação da pesquisa reuniu, na sede do Sindicato, trabalhadores dom deficiências, empresas, dirigentes sindicais, autoridades, especialistas e militantes pela inclusão. Uma delegação de 20 dirigentes metalúrgicos de Curitiba liderada por Sergio Butka compareceu para fortalecer um diálogo intersindical sobre a importância da inclusão.
Acesse a pesquisa na integra aqui