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Em ato que celebrou memória de vítimas de acidentes, a denúncia: que veio da Ásia: “o amianto que o Brasil exporta mata em nossos países”
02-05-2019 - Fonte: Espaço da Cidadania
Na celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças em Osasco, 27 de abril, a mensagem de apelo vindo de Siti Kristina, ex-empregada da indústria têxtil do Amianto em Jacarta, Capital da Indonésia chamou atenção do público: Como muito de seus antigos colegas de trabalho, ela contraiu abestose, devido a exposição perigosa à que era submetida “eu fui exposta ao amianto na fábrica por 23 anos. Se o amianto ficava sob nossas roupas, era difícil removê-lo. Depois de 10 anos comecei a tossir. Em 2010, fui diagnosticada com asbestose. Eu sou apenas uma entre os muitos amigos que sofrem”.
O ato onde compareceram 256 pessoas, foi convocado pelo movimento sindical (CISSOR) e associações e contou com a presença do Diesat, do Dieese, de trabalhadores com e sem deficiência e muitas vítimas de acidentes e doenças do trabalho, como os expostos ao amianto e ao mercúrio metálico.
Ao final foi lançado o livro “Eternidade – A Construção Social do Banimento do Amianto no Brasil”, na presença de delegação asiática antiamianto, que deu um recado aos participantes: “o amianto que o Brasil exporta mata em nossos países”.