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“Saúde não se troca por dinheiro”
30-05-2019 - Fonte: Espaço da Cidadania
Há 40 anos foi realizada a I SEMSAT – Semana de Saúde do Trabalhador, organizada por 49 sindicatos e 6 Federações de trabalhadores, que tinha por objetivo exigir reconhecimento das doenças provocadas no trabalho, criação de um sistema de fiscalização eficiente, etc.
A movimentação aconteceu em várias cidades paulistas em maio de 1979 e deu origem à criação do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (DIESAT) no ano seguinte.
Uma curiosidade:
Entre as reivindicações da época estava a proibição do trabalho da mulher em ambientes insalubres, o que foi ilustrado com maestria pelos cartunistas Laerte Coutinho e Fausto no Gibi dos Trabalhadores lançado pela Oboré em setembro de 1979.
Link para acesso do Gibi http://www.sindmetal.org.br/acesse-o-gibi-dos-trabalhadores/
No sábado, 25/05, houve a celebração da data em ação conjunta de sindicatos, associações e órgãos públicos no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, apontando novos desafios.
Em tempo: o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a norma da reforma trabalhista (Lei nº 13.647, de 2017 artigo 394-A) que admitia a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem atividades insalubres. A Ação Direta de Constitucionalidade (ADI) votada em 29/05/2019 foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Os Ministros do STF entenderam que a nova regra fere direitos garantidos na Constituição Federal, como o direito social à maternidade, à saúde e às condições dignas.